“Tal como há o eixo franco-alemão, ou o grupo de Visegrado entre a Eslováquia, Hungria, Polónia e República Checa, ou um entendimento entre os nórdicos dentro da União Europeia, precisamos de uma aliança ibérica cada vez mais estreita”, diz ao Expresso Josep Piqué, ex-ministro de diversas pastas entre 1996 e 2003 nos Governos de Espanha liderados por José María Aznar. E logo acrescenta que essa relação ibérica pode ser “estendida a Itália e à Grécia”.
Piqué foi ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2000 e 2002 e, da experiência na pasta, confessa que lhe ficou o bichinho da geopolítica. Realça, também, que os dois vizinhos peninsulares devem “fazer valer na Europa os seus ativos no relacionamento histórico” com a América Latina e África, apesar de duas potências regionais como o Brasil e o México não estarem atualmente “orientadas para o exterior”.