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Economia

Chineses da CCCC com 30% da Mota-Engil, depois de 14 meses de "namoro"

Pouco mais de um ano após ter assinado um acordo de entendimento durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à China, a Mota-Engil abre 30% do capital à quarta maior empresa mundial do sector de construção e obras públicas.Chineses paga o dobro do valor de mercado e a família Mota mantém-se como maior acionista.

DR

A China Communications Construction Company (CCCC), quarta maior empresa mundial de construção e líder em pontes e vias de comunicação, vai tomar uma participação superior a 30% no capital da Mota-Engil, maior empresa portuguesa do sector. África e América Latina serão os principais mercados onde a empresa portuguesa deverá ganhar ainda mais músculo com este “casamento”, após um rápido “namoro”, iniciado em abril do ano passado, durante a visita do Presidente da República a Pequim. Em fevereiro deste ano, a Mota-Engil obteve uma contrato da CCCC de 270 milhões de euros na Colômbia e, em abril, estreia-se a liderar o consórcio com a CCCC que ganhou o primeiro troço ferroviário da Tren Maya, avaliado em 636 milhões de euros.

A Mota-Engil revelou esta quinta-feira que concluiu as negociações para um acordo de parceria estratégica e investimento com “um dos maiores grupos de infraestruturas do mundo, com uma atividade significativa a nível mundial”, que se irá tornar “um acionista relevante e um parceiro de longo prazo”. O negócio deverá estar concluído até ao final deste ano e será feito acima do valor de mercado.