O economista italiano Alberto Alesina, tido como um dos ‘pais’ da austeridade, faleceu este domingo nos EUA aos 63 anos, devido a um ataque cardíaco durante uma caminhada na montanha com a mulher, Susan. A notícia foi avançada pelo jornal La Repubblica, citando tweets do economista David Cutler (também de Harvard) e de David Wessel (atualmente na Brookings Institutions depois de 30 anos como jornalista do Wall Street Journal).
Alesina nasceu em Itália, estudou na universidade de Bocconi (Milão) e doutorou-se em 1986 na universidade de Harvard. Tem sido, nos últimos anos, um do nome recorrente na lista de candidatos ao Nobel da Economia. Entre as suas áreas de investigação destacam-se os ciclos económico-políticos (que estudam a forma como a atuação política interfere com as flutuações económicas e como os políticos podem tentar daí obter vantagens eleitorais) e a economia política da política orçamental.
Tornou-se uma figura de relevo na crise das dívidas na zona euro depois de ter participado numa cimeira europeia na capital espanhola, em abril de 2010, para apresentar o seu estudo sobre consolidações orçamentais expansionistas. A tese passou a servir para sustentar o desenho dos programas de resgate nos países da moeda única. E Alesina passou a ser considerado um dos pais da austeridade, ainda que recuse a paternidade, como fez na entrevista que deu ao Expresso em julho de 2018.