Marco António Costa acusa o FMI de "hipocrisia institucional" por não aliviar a austeridade.
E Miguel Frasquilho defende um défice de 4,5% para 2014, aproximando-se da meta dos 5% que o PS exige.
Frasquilho também defende a descida de IRS e IRC para 2014.
Não parecem tiros de "snipers". Parece uma estratégia concertada com Passos Coelho e Paulo Portas.
O vice-primeiro -ministro e o ministro da Economia Pires de Lima também querem partir a loiça com o FMI.
Podia ser o Grito do Ipiranga do aluno admirável contra os credores mas não é.
É certamente o sinal de que o segundo resgate está perto.
O executivo de Passos precisa à pressa de outra narrativa para mascarar a tragédia de dois anos de governação, tentar manter-se à tona, sobreviver às autárquicas e ir por aí fora para eleições legislativas antecipadas que o PS vai exigir como contrapartida para assinar o segundo pacote de ajuda.