Sintra tornou-se nos últimos dias o símbolo da futura AD.
Passos e Portas estiveram ontem quase de mãos dadas em Sintra.
Marcelo Rebelo de Sousa tinha estado dias antes a apoiar Pedro Pinto.
Há um mês, o PSD e o CDS estiveram em peso na apresentação da candidatura.
Marcelo Rebelo de Sousa também não faltou.
Sintra parece que tem mel.
Quem faltou foi Pedro Santana Lopes.
Mas Pedro Pinto sempre foi um dos mais próximos do ex-primeiro-ministro.
Na Câmara de Lisboa, foi o seu nº 2.
E o barrosismo também não esteve em Sintra.
Que se está a passar?
Haverá acordo entre Passos e Portas para apoiar Marcelo às presidenciais de 2015?
A primeira e única AD que viu a luz do dia foi a de Sá Carneiro em 1979. E, para além do combate das legislativas, tinha um projecto presidencial.
Ao apoiar Marcelo, Portas faz talvez a contrição que lhe falta junto do PSD: compensar o professor pelo fim da AD de 1998.
Há um problema.
Pedro Pinto não é propriamente um Ferrari e está em terceiro nas sondagens.
Com a sua derrota, perdem todos os que têm corrido para Sintra, Passos, Portas, Marcelo.
Seguro não deixará de aproveitar a exposição das primeiras linhas do PSD e CDS se Basílio Horta ganhar, tal como se espera.
Os social-democratas e populares parecem pouco preocupados. Na política portuguesa há cada vez mais coisas inconsequentes, sem nexo.
Porquê? PSD e CDS sabem que os erros estão sem preço porque Seguro não esmaga nem descola.