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Carlos do Carmo: a renovação do fado (um dos 50 nomes que marcam a história dos últimos 50 anos)

Fui um renovador do fado, ajudando o género a libertar-se, no pós-25 de Abril, da associação à ditadura. Fez várias digressões no estrangeiro e recebeu um Grammy latino de carreira, em 2014. O perfil de Carlos do Carmo é um dos 50 escolhidos para assinalar os 50 anos do Expresso, a que juntamos 50 que poderão marcar o futuro do país

Foto Luís Barra

Os mais de 50 anos de carreira de Carlos do Carmo da Ascensão de Almeida, nascido em Lisboa em 1934, ilustram a evolução do fado, tanto no plano interno como externo e mostram como evoluiu, quer a perceção dos portugueses relativamente à pretensa “canção nacional”, como às novas vias que esse tipo de música se revelou capaz de explorar. Há puristas que dizem que o verdadeiro fado morreu com Alfredo Marceneiro ou com Carlos Ramos. Outros que reduzem tudo à identificação desta forma musical com a figura de Amália Rodrigues. E outros, ainda, que sublinham a forma como o fado se transformou pelas vozes de Camané, Mariza, António Zambujo ou Gisela João.