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José Mourinho
O iconoclasta obcecado

Levou o FC Porto a campeão europeu, em 2004, e partiu então para uma carreira internacional recheada de sucessos, especialmente no Chelsea e Inter de Milão - e ainda no Real Madrid. A determinado momento o seu toque de Midas parece ter desaparecido - passou a ser acusado de “resultadista” e começou a somar desentendimentos com alguns dos jogadores a seu cargo -, mas ainda se mantém num nível alto, como treinador da Roma, uma equipa que procura elevar-se ao mais alto patamar europeu. José Mourinho é um dos 50 nomes escolhidos para assinalar os 50 anos de vida do Expresso, a que juntamos 50 que poderão marcar o futuro do país

Foto Michael Regan/Getty Images

José Mourinho não foi só o primeiro treinador português a ser bem-sucedido no estrangeiro. Foi um dos mais marcantes treinadores dos últimos 20 anos. O uso do pretérito perfeito não é uma mera questão de semântica: desde o seu regresso ao Chelsea (2013/15) e posterior passagem pelo Manchester United (2016/18) e Tottenham (2019/21), acumulam-se indícios de que a sua carreira poderá estar a entrar no ocaso, de resto como as de outros colegas de profissão e compatriotas também célebres: Jorge Jesus ou Fernando Santos. E uma das causas poderá ter a ver com o esgotamento das ideias, desde o modelo de jogo ao relacionamento com os jogadores. Porém, mantém por estes dias, em Roma, uma ligação fortíssima com a equipa e adeptos.