Há qualquer coisa paradoxalmente relaxante de estar por trás do canhão da Nazaré, junto do turbilhão de motos de água que aglomera muita da fauna das ondas gigantes, entre surfistas e equipas de apoio e de salvamento. O mar balança numa cadência constante, já se viram vagas maiores nas águas da Praia do Norte, mas não há como não respeitar os movimentos eloquentes da natureza. Do mar para a terra, o som abafado e apoteótico das ondas a rebentarem na falésia que segura o farol apela à humildade e embasbacamento humanos. O espetáculo que nos entra olhos adentro é feito de água salgada e um pouco de loucura. Ao lado do forte, milhares de cabeças ponteiam o anfiteatro natural.
Exclusivo
A romaria em busca do único
Surf. Mais do que a competição, quem vai à Nazaré procura a experiência. E viaja de longe