O lingueirão não aprecia a nortada. Nem a paciência dos chefes que participaram na experiência de tentar mariscar foi suficiente para fazê-los sair da areia, apesar do sal depositado nos buracos. Num dia favorável, cada um poderia ter apanhado até dois quilos destes bivalves de concha em forma de canivete, mas nesta manhã nublada e ventosa de setembro rendeu pouco mais de um quilo, que acabou repartido entre uma dúzia de chefes de restaurantes nacionais, quase todos distinguidos com uma estrela Michelin, e a equipa de biólogos da Ocean Alive e as suas Guardiãs do Mar, que contam com vários prémios. Foi o suficiente para uma entrada simples, salteada com alho, partilhada no almoço que se seguiu. Mais importante, porém, foi o convívio entre amigos dedicados à cozinha de excelência e a aprendizagem que lhes trouxe uma manhã passada na Caldeira de Troia, no sítio Rede Natura do Estuário do Sado.
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Os chefes Michelin foram à Caldeira de Troia à procura de peixe novo para por no prato
João Sá juntou 13 chefes, três biólogos e duas pescadoras para uma ação de convívio e sensibilização na Reserva Natural do Estuário do Sado: um mar sustentável depende de todos