O esquema passava por fingir que havia uma concorrência saudável e justa nos contratos públicos de compra de material informático. Uma empresa, a DecUnify, conluiou-se alegadamente com outras para viciar o formato de contratação pública em que é exigido às instituições fazerem uma consulta prévia ao mercado e escolherem a melhor de três propostas. Numa operação conjunta assente em dois inquéritos-crime complementares — um do DIAP Regional do Porto e outro da Procuradoria Europeia —, o Ministério Público e a Polícia Judiciária fizeram uma série de buscas esta terça-feira em vários pontos do país e detiveram várias pessoas suspeitas de terem participado nessa viciação das regras do jogo. Um dos alvos foi o Banco de Portugal.
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Operação Nexus: Banco de Portugal é alvo de buscas pela segunda vez em três meses por causa de casos de corrupção
Investigação sobre corrupção na compra de 20 milhões de euros em material informático leva DIAP Regional do Porto e Polícia Judiciária ao Banco de Portugal. Mais de 300 inspetores fizeram buscas em mais de 100 locais esta terça-feira, incluindo universidades do Porto e de Coimbra, Casa da Música e INEM