Melhores cuidados, menos tempo de espera, mais conforto e mais baratos. São várias as vantagens associadas aos tratamentos domiciliários, que não param de crescer no Serviço Nacional de Saúde (SNS). No ano passado, a assistência clínica em casa aumentou 12,3% face a 2022, com 10.037 doentes tratados. No total, as equipas fizeram 130.136 visitas ao domicílio, mais 14% face ao ano anterior.
Tratados em casa, foi mais rápida a recuperação dos doentes: a demora média de internamento, no caso no domicílio, passou de 9,9 para 9,7 dias, estimando-se uma poupança de 97.513 dias de internamento nos hospitais. Segundo o Ministério da Saúde, “os internamentos no domicílio registaram uma taxa de eficiência de 49,73%, representando assim metade dos encargos médios com estes doentes em contexto hospitalar”.
As vantagens da modalidade assistencial fora do ambiente hospitalar são cada vez mais evidentes e, por isso, a promover, considera a tutela. O Ministério quer agora que também esta valência possa organizar-se em centros de responsabilidade integrados (CRI), beneficiando assim de um “reforço dos projetos assistenciais e valorização salarial dos profissionais envolvidos”. E acrescenta: “Um despacho publicado esta segunda-feira, 18 de março, nomeia um grupo de trabalho para o desenvolvimento do modelo de avaliação de desempenho das equipas dedicadas às unidades de hospitalização domiciliária, o que vai permitir consolidar o trabalho destas equipas, já em funcionamento em 36 unidades do SNS.”