No início, foi a dificuldade em dormir, mesmo quando o filho recém-nascido cedia ao sono, e acabaram por ser três anos de privação. Depois, veio a ansiedade com a pandemia e a situação agravou-se. Quando percebeu, Inez, que tem 50 anos e trabalha na área financeira, já levava 19 anos de dependência de “calmantes”.
João, 45 anos e professor de Educação Física, começou a consumir em casa os medicamentos da mãe. As dificuldades em dormir e a ansiedade empurraram-no duas a três vezes por semana para os remédios que calavam a angústia. A dose era mínima e mesmo assim descobriu que já não vivia sem as benzodiazepinas (BZD) quando recorreu diariamente aos comprimidos durante umas férias de duas semanas.