O Estado português paga anualmente a três universidades americanas (Carnegie Mellon, MIT e Austin/Texas), ao abrigo de protocolos de cooperação criados em 2006, praticamente o mesmo valor que atribui à totalidade dos laboratórios associados do sistema científico nacional, que reúnem cerca de cem centros de investigação e quase 10 mil investigadores. Desde que foram criadas aquelas parcerias, Portugal já desembolsou €310 milhões, um terço dos quais só nos últimos cinco anos.
A terceira fase desta cooperação, lançada originalmente por Mariano Gago, termina no final deste ano, estando agora em debate a renovação dos contratos. Para viabilizar estes protocolos, que visam sobretudo promover a internacionalização da ciência e tecnologia portuguesas, nomeadamente através da formação de doutorandos e da investigação, o Estado despendeu, desde 2018, cerca de €20 milhões por ano — quase tanto como os €24 milhões que, em média, recebeu anualmente toda a rede nacional de laboratórios associados. O financiamento é maioritariamente assegurado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e, em menor escala, por fundos comunitários.