Sociedade

Condenações por corrupção em Portugal caem para menos de metade do pré-covid. Situação da Justiça é apontada como uma das causas

Os tribunais portugueses de primeira instância registaram 102 condenações por crimes económico-financeiros em 2021, menos de metade das 239 em 2019, havendo quem, no Ministério Público, atribua esta baixa ao impacto da pandemia na Justiça

Nos tribunais portugueses de primeira instância, as condenações por corrupção e crimes conexos atingiram em 2021 o número mais baixo dos 16 anos anteriores, totalizando 102 condenações por crimes económico-financeiros, menos de metade das 239 registadas em 2019, antes da pandemia - segundo avança o jornal Público, numa compilação com base em dados da Direcção-Geral de Política de Justiça, responsável pelas estatísticas do Ministério da Justiça.

As 102 condenações em 2021 referem-se a crimes de corrupção, peculato, abuso de autoridade, tráfico de influência e ilícitos cometidos no âmbito da lei que prevê os crimes da responsabilidade de titulares de cargos políticos, segundo o Público.

Segundo o jornal, no Ministério Público há quem atribua a queda abrupta do número de condenações por este tipo de crimes ao impacto da pandemia na Justiça.

Em duas décadas, entre 2002 e 2021, foram contabilizadas em Portugal 3210 condenações por corrupção e crimes conexos.