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Eutanásia. “Ele sabia que os AVC surgiriam até morrer ou ficar em estado vegetativo”: os médicos, quando a morte lhes entra no consultório

Médicos contam como receberam e recusaram pedidos de eutanásia de doentes

Bruno Maia, neurologista de 40 anos e candidato à Ordem dos Médicos, aceitou falar sobre os dois pedidos de morte assistida com que já se viu confrontado

Se a vida cambaleia depois de um AVC, a de Manuel (nome fictício) não chegou a erguer-se mais após vários acidentes vasculares cerebrais. Aos 65 anos, viu subitamente os dias deterio­rarem-se, anunciando um fim apressado e sem aviso prévio. Estava de ideias fixas quando se confrontou com o médico, no consultório, conhecendo já os cambiantes do diagnóstico que lhe havia sido dado e adivinhando a finitude que lhe restava dali para a frente.