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Sociedade

Frontex: as polémicas da agência europeia que Eduardo Cabrita quer dirigir

O antigo ministro da Administração Interna candidatou-se ao cargo de diretor executivo da agência de fronteiras da UE. Com o lugar – se o ganhar – recebe também a tarefa de limpar a imagem de ‘desumanidade’ da Frontex com os requerentes de asilo, criada nos últimos meses

Migrantes do mar Egeu, antes de serem salvos pela Guarda Costeira grega, em 2015 FOTO ARIS MESSINIS/AFP via Getty Images

Desde abril que a Frontex, a agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, está sem diretor executivo. Fabrice Leggeri, que detinha o cargo desde 2015, demitiu-se na sequência de uma investigação do organismo anti-fraude da União Europeia (OLAF), espoletada por várias denúncias de que a guarda europeia de fronteiras estava a ser cúmplice com as autoridades gregas em ‘pushbacks’ ilegais no mar Egeu, forçando o regresso de requerentes de asilo e migrantes para a Turquia. Nos meses que antecederam a saída do francês, multiplicaram-se notícias de abusos graves e deficiências dos mecanismos de supervisão da agência e o relatório final do inquérito confirmou a sua veracidade, revelando que a Frontex estava ciente das violações dos direitos humanos e evitou deliberadamente denunciá-las.