Sociedade

Rui Moreira pede mais vigilância nas ruas do Porto

Polícia identificou o “centro da cidade como epicentro de fenómeno de criminalidade”. Autarca garante que já tinha alertado ministro da Administração Interna e António Costa para a “concentração em áreas públicas” de jovens a consumir álcool

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, considera que são necessários mais meios humanos e tecnológicos para combater a criminalidade, segundo as declarações prestadas ao jornal “Público”. A comprová-lo está um “conjunto preocupante de relatos” por parte dos moradores que estão preocupados com violência e desacatos em várias zonas da cidade, sobretudo durante a noite. “Alertámos que podia acontecer uma tragédia. E agora aconteceu mesmo”, diz o autarca sobre a morte de um jovem de 23 anos, esta madrugada, depois de ser agredido em frente a um bar na baixa do Porto.

Para Rui Moreira, “a Polícia de Segurança Pública não tem efetivos suficientes nem condições” para acompanhar a atividade da cidade. O edil esclarece que as autoridades já identificaram “o centro da cidade como epicentro de fenómeno de criminalidade que justifica a videovigilância. A câmara disponibiliza-se a pagar tudo e tem o centro de operações pronto”, mas falta a “luz verde de Lisboa para avançar”.

Em outubro de 2020, Rui Moreira escreveu ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita e a António Costa porque a cidade estava a assistir, como se lê na carta a que o mesmo jornal teve acesso, à “concentração em áreas públicas de adolescentes e jovens com o objetivo de socialização acompanhada pelo consumo de álcool”. Apesar de não ter dados concretos, “a sensação de insegurança está patente”, garante o autarca. “Isso preocupa-me mais do que as estatísticas.”