Sociedade

PGR abre inquérito a caso de jovem agredido no Porto que acabou por morrer

Foi aberto um inquérito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso do jovem de 23 anos que foi espancado até ficar inconsciente na Baixa do Porto no domingo de madrugada e, que morreu no hospital

Scott Rodgerson

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito para investigar o caso do jovem de 23 anos que foi agredido na Baixa do Porto na madrugada de domingo e que acabou por morrer no hospital.

Em resposta escrita à agência Lusa, a PGR indica que "os factos em referência deram origem a um inquérito" e que, no âmbito deste "processo, foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva a um arguido".

O caso ocorreu na Rua Passos Manuel, na Baixa do Porto, junto a uma discoteca. Eram cerca das 03h de domingo quando um rapaz de 23 anos foi agredido e ficou inconsciente e inanimado na via pública, tendo depois as autoridades conduzido o jovem em estado grave para o Hospital de Santo António, onde veio a falecer.

O alegado agressor, que ficou em prisão preventiva, é de nacionalidade francesa, tem 21 anos e morada no Porto, segundo fontes ligadas ao processo.

O jovem de 23 anos que morreu foi basquetebolista no Guifões Sport Clube, em Matosinhos.

"Ele estava inconsciente, inanimado na via pública e recebeu assistência médica no local com equipas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que depois o conduziram para o Hospital de Santo António", explicou a mesma fonte policial.

O suspeito foi intercetado e detido pela PSP por volta das 04h de domingo, também na Baixa da cidade.

Mais policiamento nas ruas

No âmbito deste caso, o presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto alertou hoje o Governo que os empresários estão "muito preocupados" com a morte do jovem na noite portuense e pedem mais policiamento nas ruas para aumentar a segurança.

Numa publicação no site da Câmara do Porto, Rui Moreira recordou que "têm sido sucessivos os alertas a exigir mais policiamento nas ruas", reforçando "a necessidade de o Ministério da Administração Interna dar 'luz verde' à videovigilância" que autarquia pretende instalar na cidade.

Lamentando a morte do jovem e apresentando as condolências à família e amigos, Rui Moreira considera que este caso "deve ser um grito para a tomada de novas medidas de segurança".