A cinco minutos do arranque, mais de 305 mil pessoas esperavam pacientemente no YouTube para assistir ao mais que provável anúncio do iPhone 13. Durante o evento de apresentação de novos produtos da Apple, que decorreu esta terça-feira em Cupertino, no estado norte-americano da Califórnia, foram mais de dois milhões em permanência. Na história da humanidade, o número foi usado por reis de França, Suécia, papas no Vaticano e por jogadores de futebol como Eusébio, Gerd Müller ou Nesta – mas agora é chegada a hora de saber se o 13 traz boa fortuna ao iPhone. No final, juntaram-se aos quatro novos iPhones, dois iPads e um relógio inteligente.
Em Portugal, vai ser possível encomendar iPhones 13 a partir de esta sexta-feira, com entregas a começar a 24 de setembro e preços a partir de 829 euros, da versão Mini.
Além da versão standard, o iPhone 13 vai contar com uma versão Mini, uma versão Pro e uma versão Pro Max, anunciaram os responsáveis da Apple, tendo como mestre de cerimónias Tim Cook, diretor executivo da Apple.
Todas estas versões, que revelam apenas uma evolução na continuidade sem grandes cortes com o passado, estão habilitadas a conectar-se às redes móveis de quinta geração (5G). E todas poderão gravar vídeos ultra-elevada resolução (4K) até 60 diagramas por segundo.
Entre as novidades, figura ainda a certificação que garante resistência a água e poeiras com a certificação IP68, que permite resistir a mergulhos de 30 minutos a seis metros de profundidade. O design mantém as semelhanças com o já longínquo iPhone 4.
Os quatro novos iPhone 13 têm como chamariz o novo processador A15 Bionic, que dispõe de novos quatro núcleos dedicados à eficiência e dois novos núcleos para quando é necessário garantir desempenho. O novo processador contém ainda quatro núcleos que formam a unidade de processamento gráfico, que promete uma melhoria de 30% face ao antecessor.
O A15 Bionic dispõe ainda de melhorias no Neural Engine, que assume a responsabilidade de executar tarefas de inteligência artificial e aprendizagem máquina, que permite reconhecer objetos ou analisar de vídeos. O processador usa arquitetura de cinco nanómetros.
O iPhone 13 "standard" tem um ecrã de 6,1 polegadas (15,4 centímetros). Mas há ainda a versão Mini, de 5,4 polegadas (13,7 centímetros). Ambos têm características similares (ainda que a versão standard garanta um pouco mais de autonomia da bateria) - mas dimensões e preços diferentes.
Na traseira da versão Mini e da versão "standard" figuram duas câmaras, que permitem captar imagens com 47% de mais luz face ao antecessor. Na captação de imagens destaque para o modo cinemático que dispõe de foco automático - e permite igualmente escolher o ponto de focagem manualmente.
O Mini chega a Portugal com preços de 829 euros, enquanto a versão "standard" vai ser vendida a 929 euros.
Nos modelos maiores, há duas opções: a Pro e Pro Max. A primeira tem um ecrã de 6,1 polegadas (15,4 centímetros) e a segunda tem 6,7 polegadas (17 centímetros). Em ambos os casos, há uma piscadela de olho evidente ao segmento de criativos, fãs de videojogos - ou apenas executivos mais endinheirados.
Ambas as versões de maiores dimensões dispõem de um trio de câmaras na traseira (com 12 MegaPíxeis), que promete surpreender cinéfilos e realizadores com o modo cinemático e o modo noturno, e ainda a possibilidade tirar fotos "macro", a dois centímetros de distância. Ambos têm ecrãs com luminosidade normal de 1000 Nits, podendo chegar aos 1200 Nits com imagens HDR. Os ecrã adaptam automaticamente a taxa de atualização de imagens até aos 120 Hz, consoante as necessidades.
De notar ainda que estes modelos maiores contemplam não só versões de armazenamento de dados com 128, 256 e 512 GigaBytes, que estão disponíveis nos modelos Mini e "Standard", como ainda permitem escolher uma versão com 1 TeraByte - que ainda há pouco tempo apenas estava ao alcance dos computadores portáteis.
O iPhone 13 Pro está a venda com preços a partir de 1179 euros. A versão Pro Max tem preços a partir de 1279 euros.
Mas nem só de iPhones se faz a Apple: o evento anual também serviu para anunciar um novo iPad e um novo iPad Mini. No caso da versão Mini destaque para o facto de poder ligar-se às redes 5G e de ter processadores que são 80% mais eficientes na reprodução de gráficos.
O iPad Mini está equipado com câmara 12 MegaPixeis, porta USB-C e ainda estilete da Apple. O ecrã de 8,3 polegadas (21 centímetros) tem um brilho de 500 nits e o identificador por impressão digital fica posicionado no rebordo superior. Vai estar disponível versões de 64 e 256 GigaBytes. Chega a Portugal a partir de 24 de setembro, a preços a partir 569 euros.
No caso do iPad "standard", de 10,2 polegadas (quase 26 centímetros) destaque para o facto de estrear o sistema operativo iPadOS 15, que permite adaptar a temperatura das cores reproduzidas ao ambiente em que o utilizador se encontra. Também dispõe de câmara de 12 MP. No interior encontra-se um processador A13 Bionic, que é 20% mais eficiente que o o processador antecessor.
O iPad "standard" vai estar disponível com armazenamento interno de 64 ou 256 GigaBytes. Preços a partir de 399 euros.
Depois dos tablets, foi a vez de dar a conhecer as novidades nos relógios inteligentes conhecidos pela marca Apple Watch. E neste caso, a novidade dá pelo nome de Series 7, um smartwatch que promete mais 30% que o antecessor e promete ainda 70% de acréscimo de brilho. Além da reformulação do o ecrã, houve ainda uma otimização de interface e botões.
Segundo a Apple, o Series 7 tem bateria para o dia inteiro, que carrega 33% mais rapidamente (45 minutos no total). Vai estar disponível em várias cores e braceletes - é composto por alumínio reciclado. Preços a partir de 309 euros.
E como seria de esperar, a Apple não se esqueceu de apelar à instalação da aplicação da própria marca que vai estar disponível em várias línguas para funcionar como "treinador virtual" para diferentes modalidades desportivas.