O fenómeno é conhecido como a “grande conjunção” e poderá ser visto a partir da Terra no dia 21 de dezembro. O alinhamento entre os dois maiores planetas do Sistema Solar acontece a cada 20 anos, mas desde 1623 que os gigantes gasosos não estavam tão próximos um do outro. No entanto, não foi visível para a maior parte da humanidade, tendo o fenómeno sido realmente observado pela última vez nas trevas da Idade Média, há quase 800 anos, quando corria o ano de 1226.
“É realmente especial ter Júpiter e Saturno tão próximos”, frisa Emily Drabek-Maunder, astrónoma do Observatório de Greenwich.
Isso irá proporcionar um espetáculo celestial, visível a olho nu, quando Júpiter e Saturno surgirem no céu noturno, recriando no firmamento uma visão semelhante à da “Estrela de Belém” que, de acordo com a Bíblia, anunciou o nascimento de Jesus e guiou os reis magos.
O alinhamento entre os dois colossos era também encarado, no passado, como presságio de grandes cataclismos, como grandes incêndios e dilúvios, ou até mesmo como um sinal do apocalipse.
Os dois planetas serão vistos, logo após o pôr-do-sol, como um único ponto brilhante, podendo parecer a estrela mais proeminente no firmamento, durante o solstício de inverno, que acontece na próxima segunda-feira.
Será preciso esperar 60 anos, até 2080, para que Júpiter e Saturno estejam novamente tão próximos no céu.