Sociedade

Alemães e ingleses em Portugal para recolher informações sobre suspeito do rapto de Maddie

Não há novas provas do envolvimento de Christian Brueckner no rapto de Madeleine McCann, mas alemães e ingleses estão a recolher indícios para acusar o alemão num caso de violação de uma jovem e de exibicionismo com uma criança

EPA

Foi no final de setembro, na sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, que decorreu uma reunião entre investigadores alemães, ingleses e portugueses a propósito de Christian Brueckner, o principal suspeito do rapto e homicídio de Maddie McCann em 2007, quando passava férias com a família na Praia da Luz, Algarve. A notícia do Correio da Manhã foi confirmada ao Expresso por uma fonte policial.

No encontro houve "troca de informações" sobre o alemão. Apesar de todas as diligências não terem resultado em qualquer novo indício do envolvimento de Brueckner no caso do rapto da criança inglesa, as autoridades alemãs estão a recolher provas para tentar acusar o suspeito de dois novos casos: a violação de uma jovem irlandesa em 2004, também no Algarve, e o exibicionismo de que foi vítima uma criança alemã de dez anos.

No primeiro caso, apesar de não haver provas físicas do envolvimento de Brueckner, o depoimento da vítima e a descrição que fez do ataque de que foi alvo é coincidente "em muitos pontos" com o caso de uma cidadã americana que foi violada em Portugal por Brueckner. É, aliás, este caso que o mantém preso na Alemanha.

No caso da criança, não há uma identificação cem por cento segura de que foi Brueckner a agarrar o braço da vítima enquanto se masturbava, mas a polícia alemã acredita que terá sido mesmo o alemão a praticar o crime.

Brueckner, que nega qualquer envolvimento no caso do rapto de Maddie McCann, está preso na Alemanha a cumprir uma pena de sete anos pela violação de uma mulher de 72 anos ocorrida em Portugal.

Em 2007, quando Madeleine desapareceu do apartamento onde dormia com os dois irmãos, Brueckner estava nas imediações da Praia da Luz. Tinha sido libertado da cadeia, onde cumpriu nove meses de prisão pelo furto de combustível. Mais tarde, já na Alemanha, ter-se-á vangloriado de ser o autor do rapto da criança alemã. A bravata pôs a polícia no seu encalço.