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Há sete anos que não morriam tantos bombeiros. Mas morrer no fogo “não é uma inevitabilidade”

É preciso recuar até 2013 para encontrar um ano em que morreram mais bombeiros do que em 2020. E a época de combate aos incêndios só agora começou. Responsável dos bombeiros voluntários defende que a “profissionalização é fundamental”

Incêndio em Oleiros, a 26 de julho de 2020
PAULO CUNHA/ LUSA

Carlos Carvalho tinha 40 anos e foi o último bombeiro a cair na guerra contra os incêndios. Este voluntário de Cuba, no Baixo Alentejo, foi apanhado a 13 de julho num incêndio de pasto em Castro Verde, que feriu mais quatro colegas. Um deles está em estado grave. “Estável” mas grave. O bombeiro Carvalho lutou durante 17 dias, mas tinha queimaduras em mais de 90 por cento do corpo e não resistiu.

Este ano, desde que o verão começou – há pouco mais de um mês - já morreram quatro bombeiros no teatro de operações. Dois no combate ao fogo, um num acidente de automóvel durante as operações e outro que se sentiu mal durante um fogo.