Várias pessoas invadiram este domingo as instalações do abrigo em Santo Tirso que foi afetado pelos incêndios que deflagraram sábado na região. Fizeram-no para resgatar os animais que ali se encontravam, algo que tinham tentado fazer antes mas foram impedidas pelas proprietárias do abrigo e também pela GNR. De acordo com o “Jornal de Notícias”, não houve qualquer negociação com as autoridades para a retirada dos animais mas vários populares decidiram entrar ainda assim.
Aos órgãos de comunicação presentes no local foi descrito um cenário trágico, com “dezenas de cães mortos” e outros tantos “subnutridos e a viver em más condições”. O canil, de nome Cantinho das Quatro Patas, encontrava-se em “situação ilegal”, denunciou o PAN, dando conta das “inúmeras queixas que foram feitas desde 2017”.
Nesse ano foi aberta uma investigação, por parte do Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, ao referido abrigo e a outro, na sequência de denúncias de maus-tratos a animais.
Em 2018, porém, o processo foi arquivado, tendo o Ministério Público considerado “não haver crueldade em manter animais num espaço sujo, com lixo, dejectos e mau cheiro”, conforme referiu em despacho. Estima-se que viviam, no total, entre 200 a 300 animais no abrigo.
Em comunicado divulgado este domingo, a GNR afirmou que impediu entrada de pessoas nas instalações do abrigo porque se tratava de propriedade privada e porque “não existia urgência” em retirar os animais dali.