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Covid-19. DGS não contabiliza todos os casos

Infeção. Há laboratórios, universidades e médicos que não registam os positivos. Boletim tem concelhos, como o Porto ou Lousada, há semanas sem novos infetados mas os hospitais negam

rui duarte silva

As polémicas acusações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa sobre o desnorte na resposta das autoridades de saúde contra o surto na região despertaram um problema maior e mais profundo. Vários profissionais no terreno e antigos responsáveis do sector põem em causa a veracidade da dimensão da infeção. As denúncias referem-se a discrepâncias nos registos, como surtos noticiados que não aparecem logo na estatística da Direção-Geral da Saúde (DGS), diferenças entre o número total de infeções e a distribuição por concelhos, um número maior de casos registados pelas autoridades de saúde do que o reportado na base de dados totais ou até concelhos que o boletim oficial refere não terem novos doentes há semanas mas onde continua a haver admissões covid nas Urgências locais e unidades de saúde pública a identificar positivos.

Os dados dos boletins diários da DGS mostram que um quarto dos concelhos não tem nenhum novo caso de infeção precisamente desde o dia 6 de junho. Entre eles estão alguns dos municípios com maior número de habitantes e com mais de 700 infetados nos meses anteriores, como Porto, Matosinhos, Braga, Gondomar, Maia e Guimarães. Só que ao contrário do que espelham os números oficiais, tanto os hospitais como as unidades de saúde pública do Norte confirmam o registo de novos casos em alguns destes concelhos durante o último mês.

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