Quando um doente é infetado pelo novo coronavírus, o seu sistema imunológico começa a produzir anticorpos, que são protetores celulares e que devem afastar este agente estranho ao organismo. Quando essa pessoa recupera, o seu sangue retém estes anticorpos. A transfusão desses protetores para um novo doente com covid-19 pode ajudar no combate à infeção, sobretudo fornecendo tempo para que o sistema imunológico comece a produzir os seus próprios anticorpos. Esse tratamento é conhecido como terapia com plasma convalescente, e começará a ser aplicado em alguns hospitais portugueses já no próximo mês.
Exclusivo
“O plasma de quem já teve covid-19 é uma importante arma terapêutica até à descoberta de uma vacina”. Terapia começa no próximo mês
A presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação está otimista. Dentro de um mês começa em Portugal, sob a liderança desta instituição, a utilização de plasma de pessoas que tiveram covid-19 para ajudar a salvar doentes críticos com esta doença. “Os benefícios esperados são a recuperação mais rápida e a cura”, diz Maria Antónia Escoval. Mas as experiências internacionais revelam dificuldades