Os três migrantes ilegais que foram esta quarta-feira encaminhados para o Hospital de Faro "para despistar eventuais problemas de saúde" já tiveram alta, confirmou fonte da unidade de saúde ao Expresso.
O trio, parte de um grupo de 11 pessoas que foi intercetado numa embarcação pela Polícia Marítima durante a madrugada, em Olhão, foi atendido nas urgências, "acompanhado pelas autoridades", mas "nenhum destes utentes inspira cuidados"
De acordo com o comandante André Morais, da Polícia Marítima de Olhão, em declarações à agência Lusa, os três migrantes apresentavam dores abdominais e um dos homens tinha ainda um traumatismo numa perna, que pode ter resultado de alguma queda durante a viagem.
O grupo tentava desembarcar entre as ilhas entre da Armona e Culatra. A embarcação de madeira foi detetada cerca das 4h30 e os 11 homens têm idades compreendidas entre os 21 e os 30 anos, "provavelmente vindos do Norte de África".
"Foram levados para o comando da Polícia Marítima de Olhão para tentativa de identificação e serão entregues ao Serviço de estrangeiros e Fronteiras", explicou.
Em dezembro, oito marroquinos, com idades entre os 16 e os 26 anos, desembarcaram na praia de Monte Gordo, no Algarve. Foram acolhidos por Portugal ao abrigo do quadro de proteção internaiconal aplicado a outros estrangeiros resgatados no mediterrâneo que chegaram ao país provenientes de países como Itália e Malta.
Ainda assim, fontes ouvidas então pelo Expresso consideram "improvável" que Portugal se torne uma rota de migração para a Europa.
Migrantes falam "muito pouco francês" mas serão ouvidos pelo SEF
Os migrantes não têm documentos e serão ainda esta quarta-feira ouvidos por um intérprete do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), disse fonte deste organismo.
A mesma fonte adiantou à agência Lusa que os 11 homens falam "muito pouco francês" e que só depois de o SEF avaliar toda a situação destas pessoas é que será tomada uma decisão.
Notícia atualizada às 10h20