Medicamentos inovadores capazes de melhorar a evolução de cancros da mama, pulmão, próstata ou melanoma estão a ser recusados porque os peritos do Infarmed entendem que na fase inicial não há “risco imediato de vida” mas apenas “risco de vida”. O tratamento só é autorizado quando já existem metástases, precisamente o que os médicos querem evitar. A denúncia é feita pelo Colégio de Oncologia numa carta enviada à Ordem dos Médicos.
Na missiva, os oncologistas — entre os quais representantes dos três Institutos de Oncologia e de grandes hospitais como Santa Maria, em Lisboa, e São João, no Porto — acusam a autoridade do medicamento de ameaçar a sobrevivência de centenas de doentes: “As avaliações proferidas têm negado, no contexto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o acesso a medicação com efeito comprovado na diminuição de recidiva ou no aumento da probabilidade de sobrevivência.”
O Colégio vai agora agir pelo seguro. Informa que aconselhará “todos os médicos com responsabilidade no tratamento a informar os doentes sobre as melhores opções terapêuticas e as limitações à prescrição que possam ser impostas por entidades externas”. Além disso, devem registar “essa informação no processo clínico” dos doentes.
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