Pardal Henriques está a ser investigado por burla, confirmou ao Expresso fonte da Procuradoria Geral da República. O inquérito que envolve o vice presidente e porta voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) “encontra-se em investigação no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa de Lisboa”.
A confirmação da investigação foi avançada na noite desta quarta-feira pelo “Público”. Em causa, explicava no sábado o “Diário de Notícias”, está uma queixa-crime apresentada por um empresário francês que tentava abrir um negócio em Portugal e a quem Pardal Henriques terá ficado a dever mais de 85 mil euros. O homem que tem sido a voz dos motorista durante a greve ter-se-á comprometido a comprar um terreno em nome do empresário no centro do país.
Na passada quinta-feira, o conselho de deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados abriu também uma averiguação preliminar a Pardal Henriques, estando também em causa uma queixa por burla - pode ou não ser transformada num processo disciplinar. A possibilidade das ligações do advogado ao mundo empresarial poderem ser incompatíveis com o exercício da advocacia têm suscitado alguma apreensão de colegas.
Pardal Henriques, que só está inscrito na OA há dois anos, é sócio de uma firma de mediação imobiliária desde 2007. Todavia, segundo o advogado, a empresa nunca funcionou.Tem ainda participações em outras empresas de trabalho temporário assim como de consultoria de gestão e saúde. Nesta última área, revelou a “TVI”, Pardal Henriques foi sentenciado em 2011 por insolvência culposa, ficando inibido de administrar os bens de sociedades comerciais ou civis, empresas públicas e cooperativas durante sete anos.