A polícia de Kogi, um estado no centro da Nigéria, prendeu quatro homens que alegadamente assassinaram o engenheiro civil José Machado, raptado em outubro naquele país e encontrado há um mês sem vida.
De acordo com a imprensa local, o líder do grupo, Hassan Abubakar, garantiu que a execução se deveu ao facto de terem ficado descontentes com o valor oferecido pelo resgate do expatriado de 51 anos.
As declarações foram feitas numa parada organizada pelas autoridades de Lokoja, cidade situada a sul da capital, que colocaram trinta suspeitos de vários tipos de crimes em frente à sede da polícia.
O engenheiro, que vivia há vários anos naquele país africano, encontrava-se a trabalhar na reabilitação de uma estrada em Lokoja quando 15 homens armados mataram dois polícias que vigiavam a obra e sequestraram o português.
Nessa altura, os raptores pediram dinheiro à família em troca da sua libertação. Só que as autoridades nigerianas não encontraram uma forma de garantir que a operação se realizasse com sucesso e em segurança.
"Foi com muita tristeza e profundo pesar que tive conhecimento do desfecho do rapto deste português. Vivemos desde a primeira hora o drama desta família. E com ela sofremos a sua dor neste momento. Resta-nos, agora, continuar apoiá-la", declarou o secretário de Estado das Comunidade Portuguesas, José Luís Carneiro, numa mensagem enviada à Lusa logo após o anúncio oficial da morte do expatriado.
Também a AG Dangote, empresa onde trabalhava José Machado, “lamentou profundamente” a morte do engenheiro garantindo ainda que está a prestar todo o apoio necessário aos familiares.
Segundo a AG Dangote, empresa de construção onde trabalhava o português, apesar do pagamento do resgate aos raptores e de todos os esforços realizados pela empresa em conjunto com as autoridades portuguesas e locais "para que procedessem à libertação do colaborador", José Machado não foi libertado, "tal como tinha sido acordado".
Este ano, cerca de mil pessoas foram raptadas na Nigéria.