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Mobilidade Elétrica

Aposta na mobilidade elétrica deixa Portugal bem posicionado na Europa

Portugal é hoje o décimo mercado europeu com maior peso de carros 100% elétricos nas vendas de novos veículos

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A mobilidade elétrica em Portugal demorou a arrancar. Foi ainda no tempo do segundo governo de José Sócrates, em 2011, que foi anunciada a criação de uma rede de carregamento pública, a futura Mobi.E, e que seria o próprio Governo a comprar 20 Nissan Leaf para uso oficial. Mas com a chegada do Fundo Monetário Internacional (FMI), nesse mesmo ano, a anunciada rede crescia a um ritmo de 10 a 20 postos por ano, às vezes menos. E no mercado europeu só havia ainda três modelos 100% elétricos, a preços elevados e com autonomias de pouco mais de 100 quilómetros.
A aceleração deu-se apenas nos últimos cinco anos, mesmo apanhando a pandemia de covid-19. Nesse período, o mercado automóvel europeu reagiu, passando de cerca de 50 modelos em 2020 para 320 em 2024, aumentando autonomias e baixando preços. A rede de carregamento pública deu um salto significativo, para os atuais 9763 pontos, e chegou a todos os municípios do país, tendo um papel fundamental no incentivo à compra de carro elétrico, disse ao Expresso o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro.