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Viagem ao mundo encantado dos relógios de luxo

Relógios que contam histórias de amor, relógios que vão ao fundo do mar, relógios que são joias. Há de tudo na Watches and Wonders, em Genebra

“Autómato Planétarium”, uma criação da casa Van Cleef&Arpels para a coleção objetos extraordinários

Na linguagem dos relojoeiros, ao minúsculo mecanismo que faz funcionar um relógio manual chamam “movimento”. É aqui que tudo acontece, desde o início do século XVI, quando Peter Henlein, alemão de Nuremberga, conseguiu a proeza de miniaturizar o sistema de um relógio, inventando um pequeno objeto que, preso numa corrente, tanto poderia ser usado ao pescoço ou guardado no bolso. Foi a primeira vez que o complexíssimo medidor do tempo pôde ser transportado e, desde então, muitos cálculos e medições detalhadas e rigorosas se fizeram, tornando a elaboração dos movimentos que fazem rodar a máquina cada vez mais sofisticados e complicados. De tal modo que, no léxico da alta relojoaria, uma complicação, ao contrário de sinónimo de chatice ou problema, significa triunfo. Quando mais complicado forem os movimentos, mais um passo dado no prodigioso caminho da relojoaria mecânica.