Uma cozinha de grande nível, onde vale a pena parar. É assim que o “Guia Michelin” descreve um restaurante a que decide atribuir uma estrela. Publicado desde 1900, nasceu como “guia prático, turístico e publicitário de 400 páginas”, para ajudar a consumir e, consequentemente, vender mais pneus, promovendo a deslocação até restaurantes e hotéis. É por isso que na atribuição dos prémios mais relevantes se destaca a componente de viagem: duas estrelas apontam a uma cozinha excecional, que merece desvio, enquanto um espaço com três estrelas justifica a própria viagem. Ao longo dos anos, o brilho dos astros Michelin tem guiado clientes, chefes e equipas em busca do reconhecimento desta que é a maior referência mundial na área. Desde 1910 que as indicações — a incluírem restaurantes recomendados e Bib Gourmand — abrangem Portugal e Espanha, num guia ibérico que só passou a ser exclusivamente português em 2024. A primeira estrela concedida no nosso país foi ao restaurante do Hotel Santa Luzia, em Viana do Castelo, corria o ano de 1929. Quase cem anos depois, em 2025, muito mudou no sector e em particular em Portugal. Em Lisboa, no Porto, em Vila do Conde e em Braga, conheça a oferta dos oito novos restaurantes que desde o dia 25 de fevereiro, anunciados numa cerimónia no Porto, passaram a figurar no guia vermelho onde constam um total de 38 galardoados com uma estrela, oito com duas estrelas e para já, zero com três estrelas.