Estamos quase em cima da linha invisível que separa as duas nações ibéricas, rodeados de um verde imponente e luxuriante e de alguns pedaços de histórias que remetem, quase todas, para a época áurea do contrabando, que durante décadas foi a base da economia desta zona raiana. Nas conversas de café, em qualquer uma das mais de 40 aldeias do concelho do Sabugal (distrito da Guarda), o tema do contrabando ainda se intromete frequentemente e de forma sorrateira entre as palavras sábias dos mais velhos. É algo que corre no sangue das gentes raianas, da mesma forma que as águas do rio Côa correm pelo seu leito fresco e truteiro, desde a serra das Mesas, ali mesmo à beira de Espanha, na aldeia sabugalense de Fóios, até ao Douro, em Vila Nova de Foz Côa.
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Ir à praia no rio que corre ao contrário: segredos do Côa
As águas do rio Côa correm de sul para norte, desde a orla da serra das Mesas, na aldeia sabugalense de Fóios — mesmo junto à fronteira com Espanha —, para se encontrar com o Douro, em Vila Nova de Foz Côa. Dizer que o cenário é arrebatador é dizer muito pouco