O Ku Klux Klan é uma instituição americana universalmente conhecida. Isso tem a ver tanto com a triste memória das suas ações, perpetuada em filmes e documentários, como com a sua parafernália simbólica, em particular os trajes brancos com capuz, agora ressurgente em cenários vários da internet e ocasionalmente em manifestações de extrema-direita nos EUA. A verdade é que, como lembra o autor deste livro, hoje o racismo já não precisa de uma sociedade secreta para se exprimir. As bolhas online dão-lhe território mais do que suficiente, com a vantagem de poderem passar desapercebidas das autoridades, eventualmente até ser demasiado tarde. Escusado será dizer que a ascensão de Trump deu um grande impulso a tudo isso, e não só nos EUA.
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Livros: uma história do Ku Klux Klan para perceber os dias de hoje
Professor na Universidade de Exeter, o inglês Kristofer Allerfeldt especializou-se em estudos americanos. E traça um paralelo entre as táticas e a linguagem do racismo atual e o que existia há cem anos