Desde o escândalo Watergate, que o tornou uma figura internacionalmente reconhecida, o jornalista norte-americano
Bob Woodward tem vindo a prolongar a sua celebridade — e a sua relevância, até certo ponto — com uma série de livros que abordam desde a CIA e a primeira guerra do Golfo até aos Governos de Bill Clinton e George W. Bush. Nas décadas subsequentes fez o mesmo com os de Barack Obama, Donald Trump e Joe Biden. Tipicamente, ele combina acesso privilegiado a fontes de alto nível com uma abordagem frequentemente acusada de excesso de simpatia com as administrações. A crítica às vezes é justa, outras menos. No caso do segundo Presidente Bush, por exemplo, o segundo livro, “Plan of Attack” (2004), é considerado melhor do que o primeiro, por dar uma excelente ideia de como a informação falsa produzida pelos serviços de informação americanos teve efeitos catastróficos, justificando a segunda Guerra do Iraque com argumentos falsos e gerando um ceticismo em relação ao Governo e à imprensa tradicional que só se agravou desde então.