E, de repente, passaram cem anos. Ele faria cem anos. Ele, que em 1978 tinha dito: “Daqui a vinte anos espero estar morto e bem morto. Acho a velhice uma coisa horrível.” Viveria ainda vinte e sete anos, um excedente de vida, um sufoco. Veria surgirem mais dois livros, receberia o Prémio Camões e o do Pen Clube Português. E leria, nos “Ensaios sobre Eugénio de Andrade”, de Luís Miguel Queirós, editados pela Asa em 2003, que muitos dos seus melhores poemas foram escritos em plenos anos 1990.
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“Escrevo quando não tenho”: Eugénio de Andrade faria 100 anos
Foi o poeta português mais traduzido a seguir a Pessoa, homem consagrado ao trabalho poético, autor de quarenta obras e mais umas quantas traduções, nascido na Beira Baixa em 1923, falecido no Porto em 2005, que levou uma vida reservada mas disse tê-la vivido plenamente. Faria um século esta quinta-feira