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Prémio Pessoa

José Tolentino de Mendonça vence Prémio Pessoa 2023

O padre, cardeal, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação - cargo equivalente num governo civil ao do Ministério da Cultura e da Educação - o madeirense, filho de pescador, poeta e escritor de referência de muitos portugueses foi o escolhido este ano para receber a 37º edição do prestigiado galardão nacional

Consistório, em outubro de 2019, para a criação de 13 novos cardeais — incluindo D. José Tolentino Mendonça, que se torna o sexto cardeal português do século XXI
Foto Ana Brígida

Mais do que “que coisa são as nuvens”, importa saber o que é uma Pessoa. Não só quem foi o poeta, mas quem é o ser humano. E é a esta peregrinação em direção ao outro que José Tolentino de Mendonça tem dedicado a vida: a pescar identidades, como em África, quando via o pai pescar no mar. Aos 58 anos, D. José para uns, o padre Tolentino de outros, ou a vossa eminência, o cardeal, para outros, o tímido José Tolentino Calaça de Mendonça vê-se o escolhido para receber o Prémio Pessoa de 2023.

Quem como José Tolentino de Mendonça se pergunta “Que coisa são as nuvens” - título das crónicas que durante anos escreveu para o Expresso - muito gostará de saber sobre o que é uma pessoa. Esta quinta-feira, José Tolentino de Mendonça entrou para a lista dos galardoados com o Prémio Pessoa.

Criado para homenagear em vida portugueses com contributos relevantes para o país, tendo como referência Fernando Pessoa, o prémio é atribuído pelo Expresso e pela Caixa Geral de Depósitos a indivíduos com percursos marcantes. Desta vez será atribuído ao padre, escritor e poeta, professor universitário, mas, sobretudo, ao tímido jovem madeirense, que nasceu no Machico e que chegou a cardeal. E mais uma vez, José Tolentino terá de vir a público agradecer por uma distinção que lhe é entregue.