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Montenegro pressiona PS, pede que o “deixem trabalhar” e desafia oposição para combate à corrupção (o discurso nas entrelinhas)

PS foi alvo principal do novo primeiro-ministro, no discurso de tomada de posse. Montenegro sugeriu que pode não sair, mesmo que Orçamento de 2025 seja chumbado. Avisou que o excedente é ilusório e não pode abrir portas a uma “reivindicação desmedida e descontrolada”. Prometeu reformas estruturais ”na economia e no Estado". E ainda entrou em algumas áreas do Chega. “Este Governo está aqui para governar os quatro anos e meio”, prometeu. O primeiro Conselho de Ministros é esta quarta-feira

Tiago Miranda

Depois de dias de silêncio, com a pressão a subir à esquerda e à direita, Luís Montenegro usou o primeiro discurso oficial para devolver a pressão – especialmente a Pedro Nuno Santos – e garantir que toma posse para cumprir a legislatura até ao fim. Apesar de a primeira amostra na Assembleia da República ter aumentado as dúvidas sobre se o Governo consegue os apoios necessários, o novo primeiro-ministro afirma que a sua equipa “não está aqui de turno”, mas para ficar até 2028. E deixa até um sinal de que pode ficar em funções, mesmo que haja um Orçamento de Estado chumbado.