André Ventura pediu uma “grande vitória” nos últimos dias de campanha, enquanto fazia vigorosos apelos à participação dos eleitores, mas o que os portugueses lhe ofereceram este domingo foi uma derrota, palavra que o líder do Chega não utilizou no discurso no fim da noite para descrever uma votação muito abaixo das expetativas. Aos jornalistas, falaria numa “vitória que não foi assim tão grande”.
Na semana passada, António Tânger Corrêa, o cabeça de lista, tinha sido mais modesto, e queria pelo menos manter a votação das legislativas (18%), para ter quatro ou cinco eurodeputados, mas nem isso o partido alcançou. Ficou-se pela metade: apenas dois e 9,79% dos votos. “Não é da nossa responsabilidade que os nossos elementos fiquem fora do Parlamento Europeu, o que lamentamos”, disse o embaixador, tirando o corpo fora de culpas. Ventura assumiu-se como o “único responsável pelo resultado”. Presume-se que pela tal “vitória”.