Inspirados pela proximidade ao Santo António (ou pelos arraiais da direita), o Bloco de Esquerda acompanhou o seu último dia de campanha por cânticos originais que podiam ir parar a manjericos bloquistas. “Ó meu rico Santo António, ó meu rico São João, diz lá ao Bugalho que no meu corpo mando eu” foi apenas um dos versos que acompanhou a última arruada de campanha que percorreu a rua Morais Soares, em Lisboa. Apesar da chuva, a comitiva bloquista não desmobilizou na esperança de dar o exemplo aos eleitores para o dia 9 de junho.
Como é habitual na reta final das campanhas, Catarina Martins aproveitou para deixar os últimos apelos ao voto, ciente de que precisará de todos para chegar a Bruxelas – a última sondagem para o Público e RTP colocou a CDU, o Livre e o Bloco empatados com 4%, o que significa que estão entre eleger um eurodeputado ou ficarem sem representação no Parlamento Europeu.
Apesar de os eleitores de esquerda serem o principal alvo da candidata, também os indecisos entraram no discurso com Catarina Martins a tentar afastar o voto nos dois principais partidos. “As pessoas sabem que, entre o PS e o PSD na Europa, os votos foram sempre iguais nos últimos cinco anos e vão continuar a ser iguais nos próximos cinco”, defendeu esta sexta-feira, dia 7.