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Alargamento: há nove países à espera de entrar na União Europeia, mas falta consenso sobre como abrir-lhes a porta

A invasão russa da Ucrânia revitalizou a política de alargamento dos 27, que estava praticamente estagnada há mais de dez anos. Se processos de adesão passados se concretizaram em função de exigências económicas e políticas, hoje prevalecem critérios geopolíticos. “Para as gerações mais novas, a questão da guerra já não dizia praticamente nada, mas, com o conflito na Ucrânia, tomaram consciência que a guerra pode voltar à Europa”, alerta um especialista em Geopolítica

Manifestantes pró-Europa são atingidos por um jato de água, durante protestos em Tbilisi, a capital da Geórgia
AFP / GETTY IMAGES

Lyudmyla Artysh vive em Portugal há 23 anos. No início do milénio, o pesadelo da invasão russa ainda estava distante, mas na sua Ucrânia natal já soçobravam dificuldades. “Vim para Portugal em 2001, em busca de melhores oportunidades de trabalho e de condições económicas, devido à inflação e aos problemas económicos na Ucrânia”, recorda ao Expresso.

De início, o plano desta ucraniana natural da cidade de Rivne (noroeste) não passava por cá ficar muito tempo. À medida que a vida foi ganhando forma, a enfermeira de 50 anos, atualmente a residir no Porto, decidiu fazer de Portugal a sua casa. “Eu e o meu marido planeámos ficar um ano a trabalhar, para ganhar e poupar algum dinheiro. Mas depois do nascimento do nosso filho, decidimos aprender português, validar os nossos diplomas e acabámos por integrar-nos na sociedade.” Hoje, são cidadãos portugueses.