As eleições europeias na Estónia podem ser o culminar de meses de vulnerabilidade do Governo estónio e, em particular, da primeira-ministra Kaja Kallas. A chefe do Governo estónio ascendeu ao topo da política europeia em termos de visibilidade. As suas numerosas aparições nos meios de comunicação social internacionais após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia conferiram-lhe uma presença fora do comum em comparação com qualquer outro primeiro-ministro estónio anterior. Chegou mesmo a ser apelidada de "Dama de Ferro da Europa" pela Newsweek, devido à sua firme posição contra Vladimir Putin. A Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa ofereceu a Kallas a possibilidade de ser a sua candidata principal, o que a teria colocado contra Ursula von der Leyen nos debates para as eleições europeias, mas ela recusou, não querendo ser vista como alguém que estava prestes a abandonar a política estónia.
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As europeias na Estónia — a possível despedida da líder mais famosa do país até à data
Kaja Kallas é, de longe, a política estónia mais conhecida na Europa. O facto de ser impopular no seu país pode fazer com que as eleições de 9 de junho sejam um trampolim para a política europeia da primeira mulher primeira-ministra do país. Este artigo faz parte do projeto colaborativo Voices of Europe 2024, que envolve 27 meios de comunicação social de toda a UE e é coordenado pelo Voxeurop