Desde que Geert Wilders obteve uma grande vitória com o seu partido populista de direita, o Partido da Liberdade (PVV), nas eleições legislativas de novembro, os olhos da Europa estão postos nos Países Baixos. Será o seu êxito um prelúdio para as eleições europeias? Em contraposição, os partidos centristas neerlandeses observam o resto da Europa com preocupação: será que os populistas de direita também vão prevalecer noutros Estados-membros?
A possibilidade de o PVV fazer parte do Governo já fez a sua primeira vítima em Bruxelas. Em janeiro, o eurodeputado holandês Malik Azmani, altamente cotado para ser presidente do grupo liberal no Parlamento Europeu, foi forçado a retirar a sua candidatura ao influente cargo, sob pressão dos colegas franceses do movimento En Marche, de Macron, que têm sérias preocupações sobre as negociações do partido de Azmani com o PVV de Wilders. “Se existe risco de a situação nos Países Baixos provocar uma divisão no seio do grupo liberal, não me sinto à vontade para me apresentar como candidato”, explicou.