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Europeias 2024

As europeias na Bulgária — a UE depois das eleições: menos verde, mais nacionalista e com espaço para os búlgaros se fazerem ouvir

O lugar da Bulgária na UE dependerá da estabilidade política do país e de quem o país escolher enviar para Bruxelas este ano. Este artigo faz parte do projeto colaborativo Voices of Europe 2024, que envolve 27 meios de comunicação social de toda a UE e é coordenado pelo Voxeurop
Projeção na fachada da Galeria Nacional de Arte, sem Sófia, a apelar ao voto nas eleições europeias de junho próximo
NIKOLAY DOYCHINOV/AFP/Getty Images

Monika Varbanova*

2024 será um ano crucial. Haverá eleições em mais de 50 países em todo o mundo, alguns dos quais na Europa (Portugal em março, Áustria no outono). Haverá também eleições para o Parlamento Europeu, que determinarão o futuro das grandes iniciativas políticas.

Os dois cargos mais poderosos do bloco — as presidências da Comissão Europeia e do Conselho da UE [que representa os Estados-membros] — serão ocupados durante a presidência húngara, sob a liderança do eurocético Viktor Orbán. O principal diplomata da UE irá representar-nos perante o mundo num dos períodos mais turbulentos de que a União se recorda, e trata-se de um cargo atrativo para um número crescente de políticos da Europa de Leste (embora o Partido Popular Europeu esteja já a tentar limitar as suas funções ou a substituí-lo por um cargo de comissário). Esperam-se mudanças tanto no número de lugares no Parlamento Europeu (mais quinze) como na sua composição.