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Abstenção é maior entre quem vota à direita e não se revê em partidos: "Havia uma oportunidade de mercado" que o Chega aproveitou

O novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos faz um retrato detalhado dos abstencionistas. Além de serem eleitores mais à direita, tendem a sentir-se representados por "pessoas comuns" em vez de políticos  

Matilde Fieschi

O crescimento do Chega pode não ser tão surpreendente se tivermos em conta o perfil dos abstencionistas em Portugal. Além de serem eleitores que votam tendencialmente à direita, também se sentem mais representados por "pessoas comuns" do que por políticos dos partidos tradicionais, é isto que demonstra o novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), publicado esta sexta-feira. "Havia uma oportunidade de mercado que partidos mais à direita conseguiram aproveitar recentemente", disse José Santana Pereira, co-coordenador do estudo, reconhecendo que uma parte do crescimento de partidos como o Chega está associado à capacidade de ir buscar votos à abstenção.