No núcleo duro do Governo, ninguém admite que quer ir para eleições, mas também já ninguém esconde que está tudo a pensar no mesmo. E isto não parece ser motivo suficiente para tirar o sono a Luís Montenegro, que está a “adorar” ser primeiro-ministro. O principal problema na equação é que o Executivo quer mostrar ao país — às “pessoas”, como diz Montenegro — que tudo fez para evitar um cenário de crise política, com consequências económicas inevitáveis. Como? A resposta veio do próprio primeiro-ministro, com a promessa de apresentar ao PS a tal contraproposta “irrecusável”.