Nem um minuto de descanso. Apostado em transmitir ao país que o Governo, como disse Marcelo Rebelo de Sousa, não entrou em "facilitismos" desde que, este fim de semana, começaram a deflagrar os primeiros focos de incêndio no centro e norte do país, o primeiro-ministro apareceu esta noite a culpar “os criminosos” pelo atear dos fogos e a prometer pulso firme para os levar à justiça. Nesse sentido, anunciou a criação de uma "equipa especializada" em articulação com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério da Justiça.
Com Marcelo ao lado a dar respaldo a tudo, Luís Montenegro quis deixar claro que o Governo está em cima do acontecimento e que não vai largar as várias esferas de atuação. Primeiro, no apoio ao combate imediato dos fogos ativos; depois, no levantamento dos estragos e na procura de alternativas para quem ficou sem casa, para que a resposta seja “célere e eficaz” (se for preciso, aciona-se o Fundo de Solidariedade Europeu), e, por fim, no apurar de responsabilidades.
Aqui, Luís Montenegro foi taxativo: “há coincidências a mais” e há “criminosos” que têm “interesses” nos fogos florestais e é contra esses que o Governo tem de ser implacável para os identificar e levar à justiça. Ao lado, o Presidente da República carimbou: o Governo fez bem em não “facilitar” e tem toda a sua “solidariedade institucional e estratégica”.