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Assis não será "participante ativo” na sucessão de Costa e diz que é cedo para falar de presidenciais

Certo de que não há risco de cisão no PS, Francisco Assis coloca-se fora da corrida à sucessão de António Costa. Mas não das eleições presidenciais de 2026. Em entrevista ao Expresso, critica o desempenho presidencial de Marcelo e a agressividade excessiva entre PS e PSD

Ana Baiao

Já foi autarca, líder parlamentar, candidato à liderança do PS e eurodeputado. Atual presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis afasta a hipótese de ser “participante ativo” na sucessão de António Costa, seja lá quando acontecer. Quanto a eleições presidenciais, acredita que o PS irá apoiar uma personalidade, mas ainda é cedo. “Há muita coisa daqui até lá”, diz ao Expresso sem recusar ser essa personalidade.

O PS marcou o próximo congresso para março. Já ponderou se vai a esse congresso?

Ainda não ponderei. Pelo menos na sessão de encerramento estarei porque serei convidado como presidente do CES. O resto depende das circunstâncias. Acompanho naturalmente a vida política, mas estou muito desligado da vida partidária e não tenho muita propensão neste momento para voltar.

Nem quando se colocar a sucessão de António Costa?

Nem nessa altura. Os partidos são essenciais, mas a vida partidária leva a que necessariamente tenha de se cultivar um certo sectarismo. Hoje olho para muito debates que travei e de que me orgulho, mas que hoje não faz sentido travar. Sou uma pessoa bastante distanciada da vida partidária para poder voltar algum dia a discutir um lugar no interior do PS. Em relação ao que vai suceder quando o dr. António Costa deixar a liderança do PS - que nem sabemos quando será - é uma coisa que naturalmente acompanharei, mas na qual não serei participante ativo.