Quem conheça a forma de Carlos Moedas andar na rua e o visse entrar no Calçadão de Quarteira, sorridente e disponível como sempre para selfies e beijinhos, poderia estranhar que o presidente do PSD o tivesse convidado. Depois de semanas em que Luís Montenegro foi apagado pelo autarca que puxou para si as luzes da Jornada Mundial da Juventude, o risco de ser engolido ecoava pelo areal algarvio. Talvez fosse avisado o líder deixar-se sozinho no palco. Mas a estratégia de Montenegro é outra: abraçar.
Foi isso que fez, até literalmente, na Festa do Pontal, que marca a rentrée social-democrata. Abriu caminho para o presidente da Câmara de Lisboa cumprimentar militantes, convidou-o para bifanas e farturas, e virou-se para ele, o primeiro da fila, para um abraço no fim do discurso.