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Montenegro apresenta candidatura com adversário à espreita: “Não é para subestimar”

Montenegro geriu calendário ao milímetro, mas não contava que Jorge Moreira da Silva aparecesse no caminho. “Não é para subestimar”, alertam montenegristas. Apresentação da candidatura esta quarta-feira na sede do PSD vai servir para mais um apelo à unidade

Luís Montenegro o congresso do PSD
José Fernandes

Quando, esta quarta-feira, Luís Montenegro apresentar formalmente a sua candidatura à liderança do PSD com apelos à unidade, outra informação vai estar em cima da mesa: o ex-líder parlamentar de Passos Coelho vai ter pela frente o ex-delfim de Passos Coelho, Jorge Moreira da Silva, que fez saber na última sexta-feira que no dia 14 anunciará a sua decisão. Ao que o Expresso apurou, Luís Montenegro não sabia da decisão do antigo vice-presidente do PSD quando, na semana passada, comunicou, através de uma curta declaração enviada à agência Lusa, que era oficialmente candidato. Os dois só terão falado do assunto depois.

Sem serem opositores e tendo sido contemporâneos nas direções do PSD liderado por Passos Coelho, têm perfis diferentes. O primeiro tem partido, tem aparelho e tem alguns anticorpos, o outro tem papéis escritos, trabalho desenvolvido e se, por um lado, não tem aparelho, por outro também não tem anticorpos. Ou seja, poderá capitalizar alguns votos junto dos que não estão convencidos com Montenegro - sejam eles rioístas ou até apoiantes de Paulo Rangel que, nas últimas diretas, se sentiram traídos pelos montenegristas por não se terem esforçado para Rangel ganhar nos seus concelhos e distritos.